Feminismo

Moça, Não sou Obrigada a Ser Feminista – Resposta a Superela

11/01/2017

São as próprias feministas que demonstram em seus atos histéricos o quanto o discurso de luta por igualdade e liberdade é falso.

Quem me segue sabe que evito ao máximo responder de forma individual a uma feminista, muito menos expô-la ao meu público que é em maioria antifeminista, pois não tenho pretensão de incitar as pessoas contra ninguém, muito menos de ridicularizar alguém. Mas, o mesmo cuidado nunca ocorre quando são elas ”contra mim”, aliás, o que é pueril levando em conta que eu não discuto pessoas, mas, idéias. Porém, as feministas só querem é expor mesmo as mulheres que não são ”manas”. Quando digo isso, falo com base na forma com que vejo muitas delas agindo comigo, não atoa estou por mais 30 dias bloqueada no meu perfil pessoal (facebook), por denuncias de quem? Feministas, que quando se vêem sem respostas ao que eu publico, denunciam como ”conteúdo impróprio” na tentativa de me calar. É muito ”amor”, né? Mas, as provas mais concretas desse ativismo intolerante estão registradas na maneira como as militantes infernizaram (infernizam) a vida de mulheres como: Erin Pizzey, Esther Vilar, Michele Elliott, Christina Hoff, Karen Straughan, Suzanne Wenker, Ayn Rand, Camille Paglia e tantas outras que apresentaram uma narrativa diferente da ideologia feminista, e foram hostilizadas e, até ameaçadas de morte pelo movimento.


Tentar ”me responder” apenas repetindo o discurso que já deixei claro que não abraço, é como bater os pezinhos só porque encontrou alguém dizendo o que não quer ouvir. Dessa vez não foi diferente, uma colunista (Thaina Trindade) de um portal feminista chamado Superela, resolveu ”responder” meu vídeo intitulado: O VERDADEIRO FEMINISMO. — A tal resposta não traz nenhuma fonte que justifique as afirmações da autora, que demonstra usar sua própria pessoa como fonte de autoridade para determinar o que é o feminismo de verdade. Ou seja, temos mais do mesmo mimimi de sempre.

Ontem (10/01/2017), um dos meus seguidores me enviou o link, e só então eu soube da existência desse portal e do tal texto resposta, estava com uma enorme preguiça de escrever, mas, vou tentar fazer um resumão de uma forma mais geral respondendo as questões abordadas pela autora, que são aquelas velhas repetições infundadas de sempre. Ao contrário dela, irei me basear em fontes e na História para abordar os tópicos levantados, e farei isso em texto de resposta direta: ”você” refere-se a feminista em questão, ok? Vamos lá…

Olá Thaina, estou muito bem. Obrigada por perguntar!

We Can Do It

Em momento algum fiz uma crítica ao fato de que Geraldine Doyle tenha se casado e tido filhos, aliás, eu acho isso ótimo, principalmente porque ela, assim como inúmeras mulheres de sua época, foram praticamente forçadas a ocupar os postos de trabalhos como operárias porque faltava mão de obra, já que os homens em maioria haviam ido para a guerra. Doyle era conservadora, tocava violoncelo e temia machucar as mãos nas máquinas de prensagem, ela alegava que o trabalho nas fábricas era pesado e perigoso demais para uma mulher e por isso trabalhou por apenas duas semanas, pois tinha receio de se machucar. Minha ironia, foi feita em cima do fato de que o cartaz que foi usado como símbolo para promover o feminismo, usou uma mulher que difere da própria filosofia feminista, que nega a fragilidade da mulher, e quer a equiparar ao homem. A ironia não está feita em cima de qualquer afirmação leviana de que uma mulher não aguenta trabalhar pesado, como você insinua, oras, tive bisavó escrava, avó lavradora, a minha mãe foi boia fria desde a infância; a ironia está no fato de que até o símbolo usado pelo movimento feminista contraria sua tese. Mulheres não são como homens e, se puderem optar jamais escolheriam trabalhar pesado, elas preferem se dedicar à família, assim como as artes, ou tarefas mais tranquilas.

Feminismo e Casamento

Em momento algum eu disse que feministas não se casam, eu sempre reconheço a Lola como a maior referencia feminista do país, e ela é casada, logo, não sei de onde você tirou que eu fiz a afirmação de que ”feministas não podem se casar”. Agora, uma coisa que precisa ficar claro é o que define o movimento feminista, que com toda certeza não é sua opinião, ou a opinião da Joana, da Maria que mantêm blogs feministas na internet, ou mesmo a minha. Mas sim, a literatura que dá base a filosofia que construiu o movimento. Nesse aspecto, Wendy Goldman, que é especialista em História, estudos políticos e sociais sobre a Rússia e União Soviética, autora de diversos livros sobre gênero e classe trabalhadora, em seu livro: “Mulher, Estado e Revolução”, traz fortes considerações sobre o que ela chama de ”primeira primavera feminista”, que ocorreu a partir da ”revolução operária” em 1917 a meados da década de 1930. No livro fica nítida a relação da idéia de opressão com a idéia de casamento e família, ou seja, na raiz do discurso de ”libertação feminina” está o pensamento de que casamento é opressão: ”Os bolcheviques argumentavam que somente o socialismo poderia resolver a contradição entre trabalho e família… Sob tais circunstâncias, o casamento se tornaria supérfluo.” —  Caso você estude com mais vigor de onde surgiu a filosofia sobre ”opressão feminina”, você vai chegar em Marx e Engels, que foram os responsáveis por trazer uma leitura social que narrava a mulher como oprimida pelo matrimônio (família), consequentemente pela sociedade, que segundo eles, essa opressão era fruto de uma suposta dependência financeira que a economia familiar gerava (antes as mulheres trabalhavam em negócios familiares, como agricultura, lavoura, para manter a renda familiar), uma vez que a mulher migrasse para o mercado de trabalho fora do cunho familiar, ela seria ”livre da opressão” do matrimônio. Como se trabalhar para um patrão fosse libertador, enquanto cuidar daquilo que é seu, fosse opressor. Bom, Lênin colocou em prática a ideologia marxista (O Socialismo e a Emancipação da Mulher V.I – Lênin) difundindo essa idéia patética. Nomes importantes do feminismo moderno, como Beauvoir e Friedman criticaram duramente a vida familiar, assim como o casamento, classificando-o também como opressão, logo, como quem define o movimento são as autoras que deram base a filosofia, quem diz que o casamento é prejudicial à mulher é o feminismo, não eu. Até mesmo porque eu defendo a família, pra mim, as pessoas devem se casar, ter muitos filhos, pois, um ambiente familiar saudável é o principal responsável pelo equilíbrio social.

Dia Internacional da Mulher

Tenho um texto (de dois anos atrás) com inúmeras fontes que contam como se criou a farsa do Dia 8 de Março. Em resumo, uma pesquisa feita por Maria Luísa V. Paiva Boléo, ao famoso ”calendário perpétuo”, revela que o ano de 1.857, o dia 8 de Março calhou em um Domingo, dia de descanso semanal. Acredita-se que uma greve nunca teria ocorrido nesse dia. Porém, há quem argumente, que durante o século XIX, a situação dos operários nas fábricas dos Estados Unidos era de tal modo dramática que o trabalho era de 7 dias por semana. Tudo bem, mesmo assim há mais controversas em torno do que alegam as feministas. A fabrica em questão é a famosa Triangle Shirtwaist, de fato ocorreu um incêndio, mas não foi na data e nem no ano escolhido como marco para homenagear mulheres. O incêndio aconteceu em 1.911, um ano depois da 2ª Conferência da Mulher Socialista onde Zetki (feminista dirigente do Partido Socialdemocrata Alemão) havia sugerido a data. Curioso, não? Tem mais, o incêndio ocorreu de forma bem diferente da narrada. A socióloga Eva Blay destaca que o fogo teve início não no dia 8, mas em 25 de março, o motivo seria a combinação entre instalações elétricas precárias e produtos têxteis inflamáveis. Segundo Blay, a porta de saída da empresa estava fechada ostensivamente para evitar que os operários roubassem materiais ou fizessem pausas. Na ocasião, morreram 146 pessoas – 125 mulheres e 21 homens, na maioria judeus. Acredito que você esteja duvidando das informações expressas nesse texto, afinal você foi induzida a acreditar que de fato mulheres militantes feministas foram injustamente queimadas enquanto reivindicavam seus direitos trabalhistas, e que o movimento sempre esteve lá em algum lugar do passado lutando por você. Porém, há mais fatos que você precisa conhecer, saiba que no prédio onde aconteceu a tragédia, hoje funcionam as Faculdades de Biologia e Química da Universidade de Nova York. E pra que não fique nenhuma sombra de dúvidas, há no local uma placa fixada na fachada, ela destaca que o edifício possui significado nacional para os Estados Unidos. No dia 5 de abril daquele ano, apesar da chuva, houve um grande funeral coletivo que se transformou em demonstração trabalhadora, com cerca de 100 mil pessoas. Afinal, a tragédia tirou a vida de 146 pessoas, e aquelas mulheres e homens que morreram não eram militantes feministas, mas, trabalhadores que por necessidade, se submetiam a péssimas condições de trabalho.

A verdade é que o processo de instituição de um ”Dia Internacional da Mulher” já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e europeias muito antes do incêndio da fábrica Triangle Shirtwaist. A tragédia envolvendo os trabalhadores da Triangle, foi usada e distorcida para dar peso a causas feministas, que na época, tinha forte influencia do Socialismo soviético, o qual pregou enfaticamente a ”libertação da mulher” através da saída do lar para o trabalho operário. Com o passar dos anos e a propagação da desinformação, a história foi incorporado ao imaginário coletivo da ”luta das mulheres”. Ou seja, a data se fortaleceu ao longo dos anos, apropriando-se de uma tragédia que em nada tinha ligação com a pauta política que o movimento feminista defendia. Nos anos 70, o mito das mulheres queimadas vivas estava consolidado, e o movimento feminista já havia se apropriado da tragédia como trunfo político. Em 1.975 a ONU declarou o período de 75 a 1.985 como a: “Década da Mulher”, e reconheceu o 8 de Março, assim como a UNESCO em 1.977 também reconheceu oficialmente este dia, como o Dia Internacional da Mulher, em homenagem às ”129 operárias militante queimadas vivas”. Uma farsa ridiculamente repetida até hoje.

Fontes de pesquisa: Renée Côté, Sylvie Dupont, Francine Cloutier, Editions du Remue-Ménaqe, 1 de jan de 1984 – (O Dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março, até hoje confusas, maquiadas e esquecidas); Cobertura, fatos e controvérsias, por Adriana Jacob Carneiro em 16/03/2010, edição 581, Observatório da Imprensa, ISSN 1519-7670 – Ano 18 – nº 840;

Quais são as Lutas do Movimento Feminista

Sabe, eu acho curioso essa ilusão pueril que vocês feministas de internet nutrem sobre o surgimento do movimento. Vocês além de demonstrarem total desconhecimento sobre a própria literatura, discursam como crianças a repetir coisas que alguém disse ou que vocês leram por ai, não têm fonte, não têm base, apenas fazem afirmações baseando-se em vocês mesmas, ignorando toda uma historia em que o feminismo aparece sempre amarrado ao socialismo, ou seja, a um viés político.

Alguns historiadores, na tentativa de explicar o feminismo em uma linha do tempo,  dividem o movimento em ”três ondas”. A primeira onda se refere principalmente ao sufrágio feminino inglês, movimento que ganhou força no século XIX e início do XX no Reino Unido. O foco estava na promoção da igualdade nos direitos contratuais e de propriedade, ou seja, mulheres queriam ter os mesmos direitos sobre seus bens como seus cônjuges tinham. Emmeline Pankhurst é um dos nomes que representa esse movimento, com o apoio de seu esposo encabeçou o que hoje chamam de “luta pelo voto feminino”, mas, que na prática foi uma luta pelo direito a propriedade. O poder político que as inglesas buscavam pode até ter se tornado um marco do movimento feminista na sociedade pós-moderna, mas, por pura apropriação histórica, as feministas usurparam esse movimento e classificaram como o início do feminismo (que mais tarde viria se tornar um reflexo do que defendiam os bolcheviques). Vale lembrar que a luta das famosas sufragettes, chamadas de feministas clássicas, era uma luta que atendia a um grupo específico de mulheres. O voto era o que dava o direito a propriedade, isso em uma Inglaterra que sequer todos os homens tinham o direito ao voto, ou seja, esse direito também era negado aos homens com menos de 30 anos que não possuíam bens. Logo, podemos afirmar que as sufragetes lutavam não pelo direito ao voto das mulheres, e sim pelo poder político e econômico de um grupo específico ao qual faziam parte, pouco se importando se isso atenderia a todas as mulheres daquela época. Se elas eram “feministas clássicas”, configuram-se como militantes de algumas mulheres, não de gênero.  Isso se comprova historicamente, já que as operárias inglesas seguem uma luta diferente das sufragettes. Essas operárias já pautadas por partidos políticos de esquerda, levam com fervor a bandeira comunista que atendia a classe trabalhadora e, seguem reforçando todo velho discurso revolucionário marxista que era inclusive contra o direito a propriedade privada, defendido pelas sufragistas. Enfim, temos lutas femininas que conflitam entre si, provando que não havia um movimento feminista preocupado com a liberdade de todas as mulhers, mas sim movimentos políticos específicos que reivindicavam pautas distintas para diferentes grupos sociais. Não há uma luta por igualdade onde se exige direitos diferentes e conflitantes, né?

A Segunda onda, está ligada aos movimentos de suposta “liberação feminina” iniciados na década de 1960 nos EUA, foi a primeira vez que o movimento apareceu de forma organizada, intitulado-se como feminismo. Essas militantes lutavam pela igualdade legal e social para as mulheres “progressistas”, as bandeiras que exigiam os “direitos das mulheres” em nada se diferenciavam do que foi pregado na URSS, o sonho de uma nova ”primavera feminista” deu início ao movimento, mesmo que segundo Goldman o modelo de sociedade dos bolcheviques, embora tenha sido pioneiro em determinar o aborto, divorcio e a inserção ao mercado de trabalho como direitos da mulher, acabou fracassando e levando as próprias mulheres a exigirem um retorno ao modelo social conservador. Todavia, mais uma vez as pautas desse feminismo não atendiam todas as mulheres, eram específicas, agora de um grupo político que se autointitulou: “voz de todas as mulheres”, ainda que nem todas concordassem com as bandeiras representadas por ele. — É importante destacar que essas pautas exigidas pelo movimento da “segunda onda” foram derrubadas pela iniciativa de uma única mulher, conservadora, mãe de 9 filhos, Phyllis Schlafly foi responsável por derrubar praticamente sozinha a aprovação de uma emenda Constitucional que tinha o apoio de todo o establishment — de grandes grupos econômicos, de todos os políticos importantes e de toda a mídia. A Emenda autoproclamada pelos “Direitos Iguais” era na verdade uma emenda feminista que puniria legalmente qualquer diferenciação que se fizesse entre homens e mulheres nos Estados Unidos, de forma a abrir precedentes para a legalização do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, e de forma a implantar o alistamento militar compulsório de mulheres. Direto de sua garagem, escrevendo um pequeno periódico, Schlafly conclamou o povo americano a pressionar seus representantes, a exercer seu poder — e isso bastou para seus propósitos.

Por fim, a terceira onda, seria uma continuação, segundo alguns autores, uma reação às falhas – da segunda onda, iniciada na década de 1960.

Ps: Sabemos que no Brasil a primeira mulher que votou declarou:

”Eu não fiz nada! Tudo foi obra de meu marido, que empolgou-se na campanha de participação da mulher na política brasileira e, para ser coerente, começou com a dele, levando meu nome de roldão. Jamais pude pensar que, assinando aquela inscrição eleitoral, o meu nome entraria para a história. E aí estão os livros e os jornais exaltando a minha atitude. O livro de João Batista Cascudo Rodrigues – A Mulher Brasileira – Direitos Políticos e Civis – colocou-me nas alturas. Até o cartório de Mossoró, onde me alistei, botou uma placa rememorando o acontecimento. Sou grata a tudo isso que devo exclusivamente ao meu saudoso marido.”

É certo afirmar que antes do sufrágio universal (voto como direito de todos, que não foi uma conquista do movimento feminista), o voto não era apenas restrito as mulheres, os eleitores eram escolhidos pela linhagem familiar, aspectos financeiros (renda e propriedade), além da participação na burocracia civil e militar da época. As exigências dividiam o sufrágio nas seguintes modalidades: sufrágio censitário (a riqueza), sufrágio capacitário (a instrução intelectual), sufrágio aristocrático ou racial (a classe social ou a raça). Havia o voto quanto ao sexo e quanto a idade, apenas os homens maiores de 21 anos poderiam votar. O surgimento do sufrágio universal durante o século XIX desmistificou essa restrição ao voto, possibilitando a inserção dos cidadãos no processo democrático. ”Define-se sufrágio universal como aquele em que a faculdade de participação não fica adstrita às condições de riqueza, instrução, nascimento, raça e sexo. ” (BONAVIDES, 2010 p. 299) O voto possibilitou a conquista da democracia em sua plenitude, e se fez, como define Bonavides (2010 p. 305) ”inseparável da ordem democrática.” Uma conquista do cidadão, e não de um movimento específico como tentam vender as feministas.

AS MULHERES NÃO DEVEM NADA AO MOVIMENTO FEMINISTA. É importante destacar que historicamente as famosas ”lutas das mulheres”, não eram especificamente pelos direitos universais do gênero, e sim por benefícios dos grupos políticos e econômicos aos quais faziam parte. Em todas as épocas a luta política das mulheres visavam ”revolução” e, exigiam pautas que na prática não beneficiavam todas nós. Todas as reivindicações não fogem em nada do discurso revolucionário marxista, as lutas sempre davam força aos ideais políticos em questão. As conquistas que nos alcançaram foram conquistas democráticas, direitos que se estenderam a todo cidadão. O movimento feminista não é responsável pela ”liberdade da mulher”, o discurso de ”emancipação feminina”, hoje substituído pela bandeira do ”empoderamento”, faz parte de uma engenharia social que visa a desestruturarão da família, assim como a propagação da idéia do ”amor livre”, a confirmação está nas próprias raízes das idéias que sustentam o discurso ainda hoje repetido. Toda a idéia em que o movimento feminista é pautado tem base marxista, logo, se trata de uma ideologia política, não um movimento apartidário. Fazer a mulher acreditar que em algum momento na história o feminismo foi isento desse viés ideológico, e que ela deve algo a ele, faz parte de uma propaganda enganosa. Puro marketing. Não devemos nada a esse movimento. Existem várias mulheres que se destacaram na História por méritos pessoais, sem precisar do movimento, quiseram, se esforçaram, foram lá e fizeram. Ponto. — Vale destacar que mulheres como Margaret Thatcher, sempre foram alvo de ataques das feminista que não aceitavam ver o poder nas mãos de mulheres que não fossem do mesmo partido político que elas. Até hoje essas mulheres são ignoradas como figuras de poder, no caso de Thatcher mesmo sendo considerada a figura feminina mais influente do século XX e, considerada a dama de ferro (maior ícone de poder), ainda assim é completamente ignorada pelo movimento.

Feminismo e o islã

Achei interessante abordar esse ponto porque inúmeras vezes você fez referencia ao real sofrimento das mulheres que vivem no Oriente Médio, as quais são ignoradas pelo movimento feminista que chama a opressão muçulmana de cultura, ao invés de reconhecer a indiferença com que mulheres são vistas dentro desse contexto. A denuncia quem faz não sou eu, mas, ninguém menos do que ”a mulher que desafiou o Islã”: Ayaan Hirsi Ali, a somaliana que sobreviveu a desgraça comunista e a perseguição religiosa de seu país, tornou-se uma grande ativista na Holanda, é dona de uma fundação em favor dos direitos das mulheres oprimidas pelo Islã. Ayaan provoca as feministas americanas pela hipocrisia do movimento, motivo das feministas terem-na (absurdamente) classificado como racista e ”islamofóbica”. Lembrando que Ali é negra, e teve sua genitália mutilada por muçulmanos. Em um discurso na Universidade de Wisconsin, ela diz:

“Vejam por exemplo a luta das muçulmanas vivendo aqui nos EUA. De 1.300 pessoas no auditório, apenas 6 ouviram falar da história de Amina e Sarah, no Texas. — As meninas foram mortas pelo pai egípcio, no Texas em 2007, ele descobriu que elas estavam namorando garotos americanos. Elas tinham respectivamente, 16 e 18 anos de idade. Eram inteligentes, saudáveis, bonitas adolescentes americanas, ou pelo menos pensavam que eram. Imaginem qual seria a reação das feministas americanas, se Amina e Sarah se chamassem “Mary” e “Ruth”, e se seu pai fosse cristão? Que tal o homem paquistanês, num subúrbio de Atlanta, que admitiu estrangular sua filha de 25 anos, Sandeela, pois ela queria deixar o marido que lhe fora arranjado no Paquistão. E Rifqa Barry, 17 anos de idade, que se converteu ao Cristianismo, e agora está escondida dos próprios pais, pois o Islam dita que ela é uma apóstata e deve ser morta. Na América. Não na Somália, não no Afeganistão, nem na Europa. Aqui nos EUA. Por que o silêncio? Porque respeitam atrocidades dos muçulmanos sob a desculpa de cultura e religião enquanto condenam a religião e a cultura Ocidental, e, procuram com uma lupa pelos últimos sinais de opressão?”

Ayaan Ali é casada com um historiador conservador, se tornou forte ativista em favor das mulheres que são tratadas com as leis islâmicas dentro do Ocidente, ela defende a liberdade religiosa e revela motivos importantes sobre a dificuldade do Islã se encaixar no Ocidente. A religião tem sua própria lei, e sem que alguém faça-os abandonar o extremismo contido nelas, elas sempre prevalecerão as leis do Ocidente. — As denuncias da hipocrisia do feminismo feitas por essa ativista independente, contrasta com sua afirmação de que o feminismo luta em favor dessas mulheres que ela atende.

Violência Doméstica – Infantil  e a Ausência do Feminismo

Você mente descaradamente ao dizer que eu faço pouco caso ao número de vítimas de estupro no país, mesmo que no próprio vídeo eu deixe claro que ainda que o feminismo fique repetindo que a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil, quando 70% dos casos são vítimas crianças e adolescentes, o número de 28% que correspondem as mulheres é significativo, em momento algum eu desmereço essas vítimas. — Sobre você afirmar que o feminismo se importa com crianças e adolescentes vítimas de estupro eu pergunto, se de fato se importam, por que se apropriam do número para potencializar a mulher como vítima? E mais, por que as feministas se posicionam contra a redução da maioridade penal sendo que são adolescentes os apontados como autores de estupros coletivos de outros adolescentes? E por que as feministas são contra projetos que visam a castração química, além da reclusão, de estupradores? Por que no caso Champinha, as feministas apoiaram a Maria do Rosário que se opôs a proposta que visava punir o crime de estupro com penas duras independente da idade do autor?

Sobre como feministas fazem vistas grossas para crimes de pedofilia cometidos por mulheres, eu recomendo o depoimento de Michelle Elliott, que fez um estudo sério sobre isso e teve seu livro e pesquisa atacados duramente por coletivos feministas.

Sobre violência doméstica, aconselho estudar a obra de Erin Pizzey, que é uma importante voz no assunto, e teve que se exilar nos EUA devido seus estudos que apontaram uma realidade diferente da defendida por feministas. A humanista foi ameaçada de morte, sua família recebeu bombas pelo correio, seu cachorro foi morto pelo movimento feminista na Inglaterra, tudo porque seus estudos afirmam que no contexto da violência doméstica tanto homens como mulheres são igualmente propensos a violência e a solução para a diminuição desse tipo de conflito está em uma leitura honesta da realidade dos lares, onde homens são agressores e agredidos igualmente como mulheres. Essa afirmação foi feita aqui no Brasil pela psicologa Simone Alvim, mestranda, autora do livro “Homens, Mulheres e Violência”, porém, também ignorada por coletivos feministas.

Estima-se que 1 em cada 6 homens é sexualmente abusado antes dos 18 anos, e que leva no mínimo 20 anos para que a vítima comece a superar (dados: MaleSurvivor.org). Os abusos são cometidos em maioria por familiares e parentes, ou por babás, ou seja, são casos que se enquadram na violência doméstica. Um recente e polêmico caso que tem balançado a Inglaterra, traz a história de um menino de 11 anos que foi abusado sexualmente por sua babá Jade Hatt de 21, a quem o juiz concedeu perdão judicial por considerar que a vítima teve culpa, a decisão foi reforçada pelo próprio pai do menino que afirma que seu filho “é louco por sexo”. O fato denuncia o descaso com que a violência sofrida pelo sexo masculino é tratada, quando não ignorada.

Em 2010 uma série de estudos denominados de “Mapa da Violência”, publicada pelo Instituto Sangari, com apoio do Ministério da Saúde e do Ministério da Justiça, revela em pesquisa o número de homicídios oriundos de violência doméstica cometidos aqui no país, foram no total 8.770 mortes no ano, sendo 1.836 mulheres e 6.934 homens assassinados. Um homem a cada 1 h 15 minutos morre vítima de violência doméstica no Brasil, enquanto morre uma mulher a cada 4 h 46 min, pelo mesmo motivo. Em relação ao total de homicídios causados por violência doméstica, estima-se que são 79,1% de homens e 20,9% de mulheres mortos. Um estudo realizado por Fernanda Bhona, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em Minas Gerais (2013), apontou que homens são os que mais sofrem violência doméstica praticada por suas parcerias. Com um total de 480 participantes, a pesquisa apontou que 77% de um grupo de 292 mulheres com relação conjugal afirmam ter xingado, humilhado ou intimidado o parceiro. A agressão física do companheiro – tapas, socos ou chutes – foi assumida por 24% das mulheres. E, segundo as próprias mulheres, apenas 20% dos parceiros cometeram o mesmo tipo de agressão contra elas. Há dez anos, outra pesquisa realizada em 16 capitais brasileiras apresentou resultados semelhantes a essa pesquisa. O nível de agressão psicológica entre os casais ficou em 78,3% e o de abuso físico, 21,5%, apresentando um cenário contrário ao que se atribui normalmente ao homem, o de agressor.

Por que esses homens não entram na discussão sobre a violência doméstica no Brasil, se também são vítimas? A resposta é simples, porque são homens. Quem controla a discussão do tema são “feministas de gênero”, coletivo que ironicamente defende a concepção de gênero da pederasta Simone de Beauvoir: “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. A ideologia de que a feminilidade é uma construção social é falaciosa, e tende a classificar todo homem como “um agressor/estuprador em potencial”, ou seja, para as feministas os homens são indiscutivelmente “machista opressor”. Logo, para o movimento feminista potencializar a mulher como vítima para sustentar essa ideologia, está acima da própria realidade.

Enfim moça, é claro que em vídeo eu sempre vou resumir tudo ao falar sobre o assunto, mas se você queria saber sobre o que eu sei, me perguntasse. Sou honesta, não tenho porque mentir. Você pode continuar sendo como as ”manas” raivosas que só batem o pezinho e choram para quem rejeita esse coletivo fake, ou pode se retratar diante do seu público por ter me acusado de não conhecer o que eu conheço bem. Quando digo que o feminismo é ideológico e luta por bandeiras políticas específicas, sei do que estou falando, eu não desconheço o ”verdadeiro feminismo”, pelo contrário, eu o estudo durante anos, por isso intitulei meu vídeo assim. Não desconheço o movimento como você o tempo todo insinuou em seu texto. Uma mulher pode muito bem conhecer o feminismo e rejeitá-lo. Afinal ninguém é obrigada a ser feminista. Eu não sou obrigada! — Beijinhos de uma mulher cristã convicta de suas crenças e consciente de que  não deve nada ao movimento.



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